Como os Pilotos de Fórmula 1 Treinam para a Aptidão Física?

Os pilotos de F1 treinam para a aptidão física com exercícios direcionados para fortalecer o pescoço para suportar forças de 6G nas curvas, estabilidade do core para absorver os solavancos do cockpit, resistência cardiovascular para manter o ritmo cardíaco em 170 bpm durante toda a corrida e acuidade mental para reagir em 0,2 segundos — tudo para uma temporada de 2025 com 24 maratonas de fim de semana de corrida.

Max Verstappen faz puxadas de pescoço com carga, Lewis Hamilton pedala por passagens alpinas, e Carlos Sainz faz leg press, com cada rotina projetada para lidar com forças de frenagem de 140 kg, temperaturas acima de 50°C no cockpit e fadiga de rodadas triplas. Eles não são frequentadores comuns de academia — são atletas preparados para as exigências brutais da F1.

Os carros de 800 kg atingem 320 km/h, arremessando os pilotos com forças que transformam uma cabeça e capacete de 6,5 kg em uma carga de 40 kg, drenam 3 kg de suor em corridas úmidas e exigem precisão de milésimos de segundo volta após volta. O treinamento não é opcional — é questão de sobrevivência, moldado por treinadores de performance como Michael Italiano ou Antti Vierula para otimizar cada músculo, reflexo e ciclo de recuperação.

Com análise da chipstars.io, vamos flexionar alguns músculos na preparação física e examinar como os pilotos de F1 desenvolvem sua força no pescoço e parte superior do corpo, potência do core e pernas, resistência cardiovascular e condicionamento mental — repleto de rotinas reais de Verstappen, Hamilton, Sainz e outros, mostrando exatamente como eles se preparam para o grid.

Força no Pescoço e Parte Superior do Corpo: Enfrentando Forças G

Os pilotos de F1 enfrentam forças G que castigam o pescoço — até 6G nas curvas como Eau Rouge em Spa ou Maggotts em Silverstone, onde os 6,5 kg da cabeça e capacete viram 40 kg de carga lateral. A força do pescoço mantém a visão estável e o controle firme, visando o trapézio, esternocleidomastoideo e deltoides com foco incansável.

Max Verstappen se prende em uma aparelhagem que imita o cockpit da Red Bull, puxando contra bandas de resistência de 20 kg seis dias por semana no inverno. “Meu pai sempre dizia: você nunca pode estar cansado no carro, porque então você não é forte o suficiente”, ele observou, treinando até seu pescoço resistir a estresse lateral. “Eu não gosto de treinar por gostar, mas sei o que preciso fazer para estar em forma”, acrescentou.

Carlos Sainz usa cintos com pesos de 25 kg, inclinando a cabeça para séries de 10 repetições, três vezes ao dia na pré-temporada, forjando um pescoço que suporta as curvas de alta velocidade de Monza. Elevações dos ombros com halteres de 15 kg e 12 repetições fortalecem seus manguitos rotadores para precisão na direção.

A resistência na parte superior do corpo também importa — o torque na direção chega a 30 Nm nas curvas fechadas de Mônaco. Durante seu tempo na F1, o treinador de Daniel Ricciardo, Michael Italiano, fazia o australiano realizar remadas sentadas e elevações laterais — 10 repetições, cinco séries — com um equipamento de treino que replica a resistência do volante. Flexões (50 repetições) e balanços com kettlebell (20 repetições, 16 kg) mantêm braços e ombros à prova de fadiga — essencial para stints de 70 voltas.

Força do Core e das Pernas: Ancorando o Corpo

A estabilidade do core sustenta os pilotos contra solavancos de 5G — sem ela, o torso colapsa e o controle falha. Pranchas com discos de 20 kg — com duração de 90 segundos — simulam o estresse das curvas, enquanto torções russas com bolas medicinais de 10 kg (30 repetições) fortalecem os oblíquos e lombar. Alex Albon faz elevações de pernas suspensas (20 repetições) e rolamentos com bola de estabilidade (15 repetições) para manter a espinha rígida nas sequências de curvas de Suzuka.

As pernas acionam o pedal do freio — 140 kg de força, até 1.200 pisadas em Ímola. Lando Norris, com o técnico Jon Malvern, realiza avanços reversos e agachamentos frontais — 10 repetições cada, cinco séries — com kettlebells de 50 kg. Prensa unilateral trabalha sua perna esquerda — 100 kg de carga, 15 repetições — já que a frenagem domina.

Sainz incorpora saltos em caixa — 20 repetições, 60 cm de altura — para aumentar sua potência explosiva em freadas tardias em circuitos como o do Bahrein.

Resistência Cardiovascular: Mantendo o Ritmo

As corridas de F1 elevam os batimentos cardíacos para 170-190 bpm por duas horas — no território de maratonas — enquanto o calor do cockpit acima de 50°C drena 3 kg em suor. O cardio cria a resistência para manter a acuidade. Lewis Hamilton pedala 100 km por rotas alpinas, enfrentando subidas para se preparar para rodadas triplas. “Treino até duas vezes por dia”, revelou em 2023, combinando as pedaladas com corridas de 5 milhas em ritmo de 7 minutos.

Treinos intervalados de alta intensidade (HIIT) aprimoram os picos de esforço. Sainz corre repetições de 400 metros — 10 séries, 60 segundos cada, descansando 30 segundos — chegando a 180 bpm para simular a intensidade da qualificação. “Não é agradável, mas eu simplesmente faço”, ecoa Verstappen, ao registrar sprints na esteira para resistência. Natação — 2.000 metros livres — mantém as articulações frescas enquanto eleva o cardio, sendo um pilar para pilotos como Charles Leclerc.

Condicionamento Mental: Aperfeiçoando o Foco

A forma física alimenta a vantagem mental — os pilotos enfrentam ultrapassagens a 300 km/h, 20 comandos no volante e comunicação no rádio sob tensão de 6G. Simuladores imitam os muros de Mônaco a 290 km/h, treinando reações em 0,2 segundos. Pierre Gasly treina com bolas de tênis — 50 rebatidas começando de dois metros, com a distância diminuindo aos poucos — para sincronizar olhos e mãos.

A visualização prepara a mente. Meditações — sessões de 10 minutos — acalmam os nervos. Psicologia esportiva libera espaço mental; “Só de ter alguém com quem conversar, quer você precise ou não, só para desabafar”, comenta Bottas sobre os psicólogos, que o ajudaram a manter o foco durante temporadas desafiadoras em 2023 e 2024.

Nutrição e Hidratação: Energizando a Performance

Pilotos perdem 2-3 kg por corrida — a dieta e a hidratação são vitais. Proteínas magras (200g de frango), carboidratos complexos (300g de quinoa) e vegetais verdes (100g de espinafre) os alimentam diariamente. Hamilton consome shakes de whey — 30g após o treino — dizendo: “Bebo muita água, como muitos vegetais, tomo muitos shakes de proteína”. Antes da corrida, 1 litro de bebida eletrolítica prepara para a transpiração; já no carro, tubos fornecem 500 ml de soluções salinas.

O colapso no calor do Qatar 2023 motivou a introdução dos coletes de resfriamento em 2025 (Artigo 12.8) — pilotos como Sainz os usam acima de 30,5°C. As dietas fora da temporada chegam a 3.000 calorias para ganho muscular; durante a temporada, 2.500 mantém o peso — cada mordida é calculada para aguentar as 24 corridas.

Recuperação: Reconfigurando o Corpo

A recuperação enfrenta o desgaste das 24 corridas de 2025 — com cinco rodadas duplas e três triplas. Norris mergulha em banhos de gelo — 10 minutos a 10°C — após as corridas para reduzir a inflamação. Pistolas de massagem trabalham quadríceps e trapézios — 15 minutos diários — enquanto alongamentos dos isquiotibiais e flexores do quadril (20 minutos) mantêm a flexibilidade. O sono — 8-9 horas, com melatonina para o fuso horário — é inegociável.

“É tudo sobre manutenção”, diz o veterano treinador de performance da F1 Mark Arnall, combinando corridas leves (30 minutos) e exercícios de mobilidade nas rotinas da temporada para manter os pilotos bem. O fisioterapeuta de Verstappen, Antti Vierula, é direto: “Estar ultra em forma não vai melhorar seu desempenho no carro — mas não estar em forma o suficiente vai te derrubar”. Fora da temporada é intensivo — duas sessões por dia — depois reduz para uma nas corridas, equilibrando força e descanso.

O Preparo Físico Forja Campeões

Os pilotos de F1 treinam o ano todo — as sessões duplas seis vezes por semana no inverno constroem a base, enquanto os treinos diários durante a temporada a mantêm. As puxadas de pescoço de Verstappen, as pedaladas alpinas de Hamilton, a força nas pernas de Sainz — é um ciclo contínuo de força, resistência e foco, tudo voltado para vencer curvas a 6G, freadas de 140 kg e corridas de 170 bpm ao longo da dura temporada de 2025.

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Perguntas Frequentes sobre a Aptidão Física dos Pilotos de F1

Como a F1 é fisicamente exigente?

A Fórmula 1 é exigente fisicamente devido às forças G extremas — até 6G em curvas como a Eau Rouge de Spa — transformando uma cabeça e capacete de 6,5 kg em uma carga de 40 kg, exigindo pescoço e parte superior do corpo. Os pilotos suportam ritmos cardíacos de 170-190 bpm por duas horas, forças de frenagem de 140 kg por até 1.200 vezes por corrida e calor no cockpit acima de 50°C, perdendo 3 kg em suor, tudo enquanto mantêm precisão milimétrica ao longo das 24 corridas da temporada 2025.

O impacto é implacável — músculos do core absorvem solavancos de 5G, pernas aguentam pisadas sucessivas, e o risco de desidratação aumenta em corridas como no Qatar, onde o calor de 2023 fez pilotos desmaiarem. O treino de pescoço de Max Verstappen e a resistência cardiovascular de Lewis Hamilton mostram o desafio corporal completo, comparável à corrida de maratona ou boxe em intensidade, mas exclusivamente associado ao ambiente de alta velocidade da F1.

Os pilotos de Fórmula 1 são os atletas mais em forma?

Os pilotos de Fórmula 1 estão entre os atletas mais em forma, treinando para lidar com 6G no pescoço, manter ritmo cardíaco de 170 bpm por uma corrida inteira e foco mental sob pressão, mas talvez não liderem todos os esportes. Seus regimes — puxadas de pescoço de 20 kg de Verstappen, pedaladas de 100 km nas montanhas de Hamilton — equiparam-se à resistência dos ciclistas e à velocidade de reação dos lutadores, adaptados às exigências únicas da F1 em 24 corridas em 2025.

No entanto, esportes como triatlo ou ultra maratonas exigem resistência mais ampla — os pilotos não correm 160 km ou nadam por horas. A aptidão na F1 é especializada: a força no pescoço supera a de um jogador de futebol, mas a capacidade aeróbica de um ciclista pode ser superior. O HIIT e o fortalecimento abdominal de Carlos Sainz demonstram condicionamento de elite, embora o título de “mais em forma” dependa da comparação entre diferentes tipos de atleta.

Como os pilotos de F1 treinam para G-forces?

Os pilotos de F1 treinam para forças G com cintos de pescoço e exercícios de core para suportar cargas de 6G — 40 kg sobre a cabeça em curvas como a 130R de Suzuka. Verstappen usa bandas de resistência de 20 kg em um simulador de cockpit, seis dias por semana, enquanto Sainz utiliza pesos de 25 kg em séries de 10 repetições, se preparando para pistas rápidas como Monza em 2025.

A força no core combate a pressão sobre o torso — os exercícios de Leclerc (woodchoppers de 20 kg) e pranchas com 20 kg mantêm o controle contra solavancos de 5G. Essas rotinas, refinadas por técnicos como Michael Italiano, simulam as forças do dia da corrida, garantindo que os pescoços não cedam e os corpos fiquem estáveis sob os estresses laterais e verticais da F1.

Como os pilotos de F1 treinam fisicamente?

Os pilotos de F1 treinam fisicamente com puxadas de pescoço — bandas de 20 kg como as de Verstappen — leg press como os 100 kg de Sainz, e cardio HIIT — pedaladas de 100 km de Hamilton — para lidar com forças de 6G, freadas de 140 kg e corridas de 170 bpm. Exercícios de core, como os woodchoppers de Leclerc, estabilizam contra solavancos, tudo adaptado à maratona das 24 corridas de 2025.

Técnicos como Antti Vierula planejam sessões duplas no inverno — seis dias por semana — depois treinos diários na temporada, misturando peso, cardio e recuperação. Flexões (50 repetições), swings com kettlebell e natação (2.000 metros) completam o preparo — cada grupo muscular se adapta ao calor do cockpit, à sequência de corridas e ao controle em 320 km/h, moldando corpos prontos para correr.

A F1 é o esporte mais difícil fisicamente?

A F1 está entre os esportes mais exigentes fisicamente — as forças de 6G exigem muito do pescoço, ritmos cardíacos de 170 bpm testam a resistência e freadas de 140 kg castigam as pernas por duas horas em cockpits a 50°C. Os aparelhos de pescoço de Verstappen e treinos de pernas de Sainz têm intensidade comparável ao boxe ou luta, com adição de calor e necessidade de foco constante.

No entanto, correr uma maratona (42,2 km) ou completar um triatlo (natação-ciclismo-corrida) pode superar em resistência bruta — as corridas da F1 duram até duas horas, não dez. O cardio alpino de Hamilton rivaliza com o dos ciclistas, mas a carga única da F1 com forças G e exigência mental a tornam uma candidata, não a campeã indiscutível, entre os esportes mais intensos.

Quão exigente é a F1 para o corpo?

A F1 é brutal para o corpo — curvas de 6G transformam uma cabeça de 6,5 kg em 40 kg, exigindo muito dos pescoços, enquanto solavancos de 5G impactam o core e freadas de 140 kg repetidas 1.200 vezes sobrecarregam as pernas. O calor acima de 50°C elimina 3 kg em suor, aumentando o risco de desidratação, como evidenciado nos colapsos no Qatar 2023.

Pilotos como Verstappen enfrentam fadiga e desgaste muscular ao longo das 24 corridas em 2025 — os finais de semana triplos amplificam o efeito. Os coletes de resfriamento de Sainz e os banhos de gelo de recuperação de Hamilton combatem esse impacto, mas forças G constantes, ritmo cardíaco elevado (170 bpm) e confinamento no cockpit deixam os corpos machucados, mas resilientes.

Os pilotos de F1 são mais em forma que os jogadores de futebol?

Os pilotos de F1 superam os jogadores de futebol em força do pescoço — os puxões de 20 kg de Verstappen resistem a 6G — e resistência, com as corridas de 170 bpm de Hamilton superando os 130 bpm de um jogo de 90 minutos. Estabilidade do core e velocidade de reação (0,2 segundos) também se destacam, preparando-os para as exigências da temporada de 2025.

Os jogadores de futebol brilham em velocidade e agilidade — os leg press de Sainz não se comparam aos sprints de um ponta — mas o calor da F1 (50°C) e as exigências das forças G são diferenciais. O cardio de Leclerc rivaliza com o de meio-campistas, mas a forma física especializada da F1 para sobrevivência no cockpit muitas vezes supera as necessidades atléticas mais amplas do futebol.

Traduzido do artigo original em inglês “How Do Formula 1 Drivers Train for Physical Fitness?

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